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Voto: mais que obrigação, um direito

Idosos buscam mais direitos e reconhecimento nas eleições

 

Por Raphaella Lima

 

 

No Brasil, os representantes políticos são eleitos através do voto direto a partir dos 16 anos. O voto não é obrigatório nesta faixa etária, mas é importante que o jovem aprenda desde cedo a importância do seu voto. Também não é obrigatório que idosos com mais de 65 anos votem, porém muitos idosos não abrem mão desse direito.

Muitas pessoas ainda não sabem o poder do voto e o significado da política tem em suas vidas. Também não sabem que a escolha errada de um representante pode acarretar na queda da qualidade de vida de toda população. Por esse motivo, é importante estar sempre atento às propostas dos candidatos e optar pela que mais atende as necessidades dos cidadãos.

Até 2013 a população de idosos no Brasil era de 7,4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que significa que 14,9 milhões de brasileiros estão com idade acima de 65 anos. Nessa faixa etária, eles não precisam mais votar, mas muitos deles ainda fazem questão de exercerem seus direitos e vão às urnas para garantir uma cidade melhor para seus filhos, netos, bisnetos e para eles mesmos.

As pessoas da terceira idade estão optando em continuar a exercer a sua cidadania. E, ao contrário do que muitos pensam, os idosos não estão se privando do voto, porque estão preocupados com a qualidade de sua vida na velhice. As insatisfações residem em muitas questões, por exemplo, quanto à aposentadoria, o alto custo dos remédios e dificuldades de acessibilidade.

O aposentado Paulo Afonso Vieira, 70 anos, diz que, mesmo sem a obrigatoriedade do voto, faz questão de exercer seu direito, pois sente que não está sendo ouvido. A cada ano, ele está perdendo mais poder aquisitivo, além de não ter seus interesses representados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em entrevista, alguns idosos de Juiz de Fora contam porque ainda votam:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
A participação democrática nas eleições
 

Desde a constituição de 1988, o voto é obrigatório a todos os cidadãos que se encontram entre 18 e 65 anos. É facultativo aos maiores de 16 e de 65 anos. Mas, é importante sempre ressaltar que a participação democrática no Brasil se deu após longos períodos de luta.

O voto das mulheres foi garantido ainda no governo Getúlio Vargas. Os analfabetos ganharam esse direito em 1988, após a abertura democrática no fim da ditadura militar. Portanto, quanto mais o direito do voto é exercido mais consolida-se o direito democrático.

O voto, após os 65 anos, torna-se uma decisão de vida. Cada vez os brasileiros vivem mais. Portanto, os idosos devem exercer esse direito até mesmo para a melhoria de suas condições de vida.

O sociólogo e professor de Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora, José Alcides Figueiredo Santos, explica que os idosos se preocupam em votar principalmente porque ainda querem estar inseridos na sociedade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mais do que uma obrigação, uma conquista do direito cívico. As pessoas da terceira idade já passam por muitas lutas políticas e pela via da democracia, por esse e vários outros motivos, merecem serem ouvidas e ter seus direitos reconhecidos. Os eleitores com mais de 65 anos sabem que podem fazer a diferença.

Em todas as eleições, os idosos possuem seções especiais para que o voto seja realizado com maior agilidade e facilidade. Nas zonas eleitorais que não houver essas seções, os idosos têm o direito de votar primeiro.

 

 

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Foto: Raphaella Lima

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