Remei
Revista de Mídias Eletrônicas Informacionais
por Nara Rattes
Minorias na rede
Quando falamos em grupos, a primeira coisa que vem à cabeça são as redes sociais. Afinal, são nelas que encontramos tudo o que gostamos, e ainda mais: pessoas que gostam do que a gente gosta também.
Atualmente, a maior rede social que continua em ascensão é o Facebook. O site conta com mais de um bilhão de inscritos onde podemos encontrar todo tipo de pessoa na rede. Além do Facebook, existem outros sites do mesmo segmento, como o YouTube, o Instagram e o Google+, por exemplo. Todos eles contam com milhões de inscritos que, em sua maioria, acessam seus perfis diariamente. Além das redes sociais, jogos e aplicativos também unem quem tem o mesmo gosto cultural. Assim, quem pensava ser tão excêntrico, acaba descobrindo um grupo de pessoas com o mesmo gosto.
Grupos do Facebook
Outro ponto a considerar, quando falamos sobre relacionamentos cultivados virtualmente, é que existem extremos: ao mesmo tempo em que os relacionamentos são cultivados diretamente com pessoas com o mesmo gosto, podemos lidar com o oposto: na Internet, expomos mais nossas opiniões, o que pode acabar não agradando a todos, e resultar em brigas e xingamentos online, principalmente entre crianças e jovens.
Namoros, amizades, grupos, encontros. Todo e qualquer tipo de relacionamento tornou-se fácil e imediato. Podemos compartilhar vídeos, fotos, textos. Todo mundo pode expor o que ama e o que odeia. Para o estudante de comunicação Victor Caio, o interessante é poder expor e trocar ideias e opiniões: "Quando eu leio algum livro que eu acho muito bom, termino o livro e penso 'preciso falar com alguém sobre isso!'. Então vou atrás de algum grupo no Facebook. De alguma forma, acho que isso é como aqueles 'clubes do livro' que existiam antigamente, mas ao invés de todos no grupo combinarmos de ler o mesmo livro a cada mês, nós formamos um grupo para discutir o que já lemos. É claro que isso serve para grupos de outros assuntos também, como filmes, séries ou jogos".
No vídeo ao lado, dois jovens servem como exemplos de pessoas que, por conta da dificuldade em conhecer pessoas com gostos parecidos, acabam se relacionando virtualmente. O técnico em Segurança do Trabalho Renan Evangelista, e o estudante Alexandre Lebre contam porque gostam de se relacionar na Internet, onde conseguem compartilhar com outras pessoas o que gostam de ver, ouvir, ler.
Mas até que ponto essas relações são boas? Elas podem realmente tomar o lugar dos relacionamentos “pessoais”? A doutora Psicoterapeuta Analítica Rosangela Xavier Rossi afirma que temos que tomar cuidado e impor um limite nesse tipo de relacionamento. Segundo Rosângela, estamos vivendo um período de transição, o que significa que os valores morais e os laços afetivos também sofrem com essa mudança.
Psicóloga Rosangela Xavier Rossi
(Foto: Divulgação)