Remei
Revista de Mídias Eletrônicas Informacionais
Os avanços tecnológicos, principalmente com o surgimento dos dispositivos móveis, consolidaram uma nova era, a digital. Atualmente, metade da população adulta mundial passa mais tempo on-line do que desconectada. Rompeu-se a barreira geográfica. Agora as pessoas estão unidas por uma grande rede que facilita o contato e a troca de informações entre elas.
As redes sociais são atrativos para que novos usuários entrem no mundo digital. Nelas, a comunicação entre os amigos acontece de forma rápida e gratuita, o que atrai ainda mais adeptos. Essas plataformas são campo fértil para que vários modismos surjam, como é o caso das selfies. Com a possibilidade de registrar os momentos e postá-los simultaneamente, muitos usuários expõem suas vidas e optam por acabar com a própria privacidade.
Nº 4 - Ano 2- 2014
INTERNET EM XEQUE:
Como navegar com segurança, para não naufragar
Para além do entretenimento, o fato é que muitas empresas vêm usando esse ambiente on-line como oportunidade de alavancar suas marcas e faturar alto, apostando na febre da conectividade, na ciberutopia de um mundo melhor e na ingenuidade dos usuários. Um dos melhores exemplos é o site de rede social Facebook e os seus mais de 1 bilhão de adeptos, em 213 países, que vem sendo cada vez mais usado tanto como estratégia de marketing para a divulgação de produtos e ideias, na tentativa de fidelizar clientes e atrair outros em potencial, como também de monitoramento e vigilância.
A web não é constituída apenas de vantagens e entretenimento fácil. Por ser um ambiente aberto e de fácil inserção, criminosos e pessoas inexperientes dividem o mesmo espaço, ou, como falamos na linguagem popular, há gente do bem e gente do mal. A integração mundial, via a rede das redes, na verdade, tem tanto o seu lado bom como o seu lado ruim. Há, como tudo na vida, ganhos e perdas dependendo do ângulo em que se olha, observa, interpreta e analisa esse fenômeno social.
Assim, a História é reescrita e os vilões continuam por todos os lados. Espalhados pelo globo, os novos infratores são encorajados, pela possibilidade de anonimato, a cometerem seus delitos. Num campo fértil, onde a grande quantidade de informação pode confundir os menos experientes, idosos e crianças são as vítimas mais vulneráveis. É preciso protegê-los. Mas ninguém está imune, nem mesmo os nativos digitais e os mais escolados em novas tecnologias. Informação e aprendizagem sobre como navegar na rede das redes nunca é demais, especialmente qundo se trata de desenvolver um senso de "desconfiômetro" - desconfiar sempre, até mesmo de mensagens que parecem ser de parentes e amigos, especialmente quando o conteúdo é atrativo demais.
Esta 4ª edição da Remei é dedicada à discussão crítica sobre os paradoxos da era digital - como a Internet facilita a comunicação, democratiza a informação e o conhecimento, mas em contrapartida está permeada por inúmeras armadilhas, tais como notícias mal apuradas e apressadamente divulgadas, rastreamento ilegal de informações bancárias, monitoramento de comportamentos sociais e políticos com fins repressivos. Sem falar na falsa ideia de coesão e comprometimentos com causas a distância, onde apenas um click hoje parece ser suficiente, sem nenhuma ação subsequente.
Desejamos a todos uma boa leitura!
Os Editores
Profa. Dra. Telma Sueli Pinto Johnson
Coordenadora Geral - Revista de Mídias Eletrônicas Informacionais - REMEI
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)/ Faculdade de Comunicação
Caio Zóia
Graduando em Jornalismo - Revista de Mídias Eletrônicas Informacionais - REMEI
Universidade Federal de Juiza de Fora (UFJF)/Faculdade de Comunicação
Destaques desta edição:
Terceira idade na Internet
Registrando e compartilhando
O jornalismo e as redes sociais
Lobo mau 2.0
Marco Civil da Internet
Adolescentes praticam crimes na Internet
A batalha dentro da batalha
Segurança na Internet
Mar de computadores em uma feira de jogos/ Foto: LiliReviews