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Casamento Gay

Um novo conceito em família 

No Brasil, o Supremo Tribunal Federal reconheceu em 2011 a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Isso significa que parceiros do mesmo sexo, que quiserem construir uma relação contínua e duradoura, vão ter direitos a herança, pensão alimentícia, optar pela comunhão parcial dos bens e também adotar crianças. O professor de Direito do Instituto Vianna Junior, Ricardo Spinelli, explica que na Constituição Brasileira o casamento só é permitido entre um homem e uma mulher, mas há vários deputados que já apresentaram projetos de lei para reformular o texto constitucional.

"Sim, é só isso que eu quero. Ser feliz! O casamento é necessário para a vida, mas não é essencial. Temos que ter amor um pelo outro antes de tudo”, afirma o professor de dança Sancler Ismárlei, casado há um ano e meio com o operador de telemarketing, Leandro Gonçalves.  Os dois vivem uma vida de casal, no entanto, a falta do registro oficial de casamento ainda incomoda.

A cena acima ainda provoca algumas estranhezas, mas vem se tornando cada vez mais frequente na sociedade contemporânea em que vivemos. É normal que as pessoas exijam um tempo para se adaptar aos novos estilos comportamentais. Somente assim, dando um tempo para a sociedade, ela deixará o preconceito e a intolerância de lado, até um ponto em que aquilo, antes considerado uma aberração, seja visto como algo comum. Para a psicanalista e psicóloga Lilian Dacorso, a mídia ajuda a quebrar o preconceito. Para ela, quanto mais se vê casais homossexuais na televisão, mais as pessoas aceitam.

A questão do casamento gay deixou de ser uma relação que antes só estava dentro de casa e passou para as ruas, enfrentando a rejeição e a aprovação. O problema está nas instituição públicas, atrasadas em comparação com a sociedade. Nesse caso, não só no Brasil, mas em vários países do mundo. Em novembro de 2013, apenas 17 países oficializaram a união gay, conforme mostra o infográfico abaixo.

 

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O casal Sancler e Leandro comenta que o preconceito ainda existe e parte principalmente das pessoas mais conservadoras. Em alguns momentos, o preconceito está em lugares onde supostamente deveria ser de apoio. No caso de Leandro, a religião veio para dificultar sua escolha. Antes de se assumir, ele frequentava cultos de uma igreja evangélica e hoje sente receio de entrar na igreja. “Sinto falta de frequentar os cultos, mas eles iriam me tratar de uma outra forma [sic]”, afirma.

É natural que as igrejas se posicionem contra a união homoafetiva, já que elas pregam a procriação. O líder da Igreja Católica, Papa Francisco, vem tomando outro rumo na questão do homossexualismo. Ele evita rotular ou excomungar os gays da religião ao desviar a culpa para a consciência.

Adoção

 

Com a união estável, os casais homossexuais também ganharam o direito de adotar filhos. Atualmente na novela Amor a Vida, o casal de personagens Nico e Eron luta para ter filhos. Os dois tentam de duas formas: a primeira é por inseminação artificial, através de uma barriga solidária, e a outra por meio de adoção. Como mostra a novela, a primeira é muito mais problemática.

 

A adoção ainda é a forma mais procurada por esses casais. O professor e advogado Ricardo Spinelli comenta que nada impede um casal de adotar uma criança, já que o processo é o mesmo de um casal heterossexual. Para ele, o que mais dificulta é o preconceito. A psicanalista Lilian Dacorso não vê problemas em uma criança ser criada por pessoas do mesmo sexo. Ela explica que as figuras masculina e feminina não residem no sexo, mas sim no comportamento. Com isso uma mulher pode representar uma figura masculina e vice-versa.

por Warley Bueno 

Sancler e Leandro não se preocupam com o preconceito imposto pela sociedade (Foto: Warley Bueno)

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