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Isabela Lourenço

 

A colonização alemã em alguns bairros da Cidade Alta, como São Pedro e Borboleta determinou a história da cervejas artesanais na cidade. A primeira cervejaria instalada em Juiz de Fora foi a Barbante, há 120 anos. A  cervejaria até hoje está em funcionamento.

 

Em 1894, outro estabelecimento foi aberto na Igreja da Glória e produziu cerveja para consumo dos monges até 1994. 

Atualmente, seis cervejarias produzem suas bebidas na cidade. São, ao todo, 11 cervejarias no mercado, mas apenas seis já têm estrutura para receber visitantes.

 

A produção das cervejas artesanais em Juiz de Fora tem registrado destaque de produção nos últimos cinco anos e, com a aquisição do registro das bebidas e das plantas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), houve a ampliação do comércio e a expansão do negócio na região. Cinco cervejarias artesanais juiz-foranas já possuem o registro.

 

O projeto para formalização das cervejas teve o apoio do Sebrae desde 2011. O registro foi conquistado em setembro de 2013. 

 

Além do ganho para o turismo local, com a criação de um roteiro degustativo, Juiz de Fora conquistou o posto de segunda maior  produtora de cerveja artesanal do Estado, respondendo por 35% da produção em Minas Gerais. De acordo com o Sebrae, a estimativa é que a cidade produza 350 mil litros da bebida por ano.

 

A cervejaria Barbante conseguiu o registro no MAPA. Para garantir o aumento da produção, que subiu de 1.000 litros para 5.000 litros mensais, o dono do estabelecimento, Pedro Peters, investiu cerca de R$ 300 mil no ano passado.

Cervejas artesanais são tradição em Juiz de Fora

 

O dono da Pizzaria Artezannale, Antero Fernandes Filho, também teve sua cerveja, a Artez, registrada. O estabelecimento possui uma produção mensal de 600 litros, mas a capacidade produtiva da empresa atualmente é o dobro desta quantidade. A pizzaria já recebeu dois equipamentos para maturação da cerveja, que permite a ampliação  da capacidade de produção para 3.000 litros por mês.

Desafios para a produção local

A legislação tributária não diferencia a produção de cerveja industrial e de cerveja artesanal, o que dificulta a expansão dos negócios. Cerca de 60% do preço final da bebida são impostos. Os produtores e distribuidores lutam por uma nova legislação para que a produção artesanal seja menos tributada sob o argumento de que este empreendimento gera mais empregos por ter uma linha de produção menos mecanizada do que as cervejas industriais.

Consumo fideliza clientes aos estabelecimentos

Mesmo em um clima tropical, muitos fãs de cervejas têm optado por abandonar a tradicional bebida industrial, consumida gelada, pelas cervejas artesanais, degustadas principalmente na temperatura ambiente. 

 

O consumo na cidade vem crescendo nos últimos anos e uma característica de quem prefere a bebida artesanal  é a fidelização. A estudante de Comunicação da UFJF, Lidiane Oliveira, experimentou pela primeira vez essa modalidade de cerveja há cerca de um ano e, desde então, abriu mão da bebida gelada para degustar sabores como malte, café, canela e até caramelo. "A cerveja artesanal pode ser apreciada. Não é simplesmente tomar para matar a sede, como as tradicionais. Além disso, a cada dia podemos experimentar um sabor diferente, com uma surpresa a cada bebida”, conta.

A jornalista Natália Arruda já era fã da bebida artesanal e a apresentou para o namorado, Eduardo Valente. Agora a maioria dos programas do casalé feito no bar Brauhaus, especialista em cerveja artesanal.

Diversão e muita cerveja! O Circuito das Cervejarias Artesanais de Juiz de Fora foi desenvolvido para incentivar o consumo e o conhecimento das cervejarias da cidade. O circuito foi desenvolvido pela empresa de turismo Verdeperto e é exclusivo na cidade.

 

O idealizador do projeto, o turismólogo Rodrigo Miranda, acredita que o circuito é uma ótima opção para conhecer a cultura da cidade e também para evitar problemas com a lei seca: “Como é uma visita guiada, os turistas podem beber a vontade que não vão ter problemas com a lei. Cuidamos de todo o transporte”, conta.

 

O roteiro varia de R$ 170,00 a R$ 200,00 incluindo o guia, o seguro e a degustação de algumas bebidas.

Confira o roteiro:

             Lidiane Oliveira gosta de testar sabores diferentes

                                  Foto: Isabela Lourenço

Natália leva o namorado em bares que servem cerveja artesanal

Foto: Isabela Lourenço

             O ambiente dos bares de cervejas artesanais

                             Foto: Isabela Lourenço

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