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Mãos que se ajudam

As mídias sociais no trabalho voluntário

 

Por Luana Casilho

 

Não é de hoje que entidades beneficentes têm no voluntariado os principais recursos para a sua sobrevivência. Independentemente do tipo de doação, seja mão de obra ou suporte financeiro, o trabalho voluntário é fundamental para aqueles que atuam no amparo e bem-estar social.

 

A novidade é a utilização das mídias sociais nesse processo, principalmente o seu uso por pequenos grupos que, por vezes, não dispõem de condições financeiras para manter sites, campanhas publicitárias ou outras ferramentas de comunicação mais dispendiosas.

 

A possibilidade de criar um perfil nessas mídias permitiu a muitos projetos ter seus trabalhos e necessidades disseminados nas redes. No Facebook, a fan page Voluntários JF foi criada há cerca de um ano e tem a intenção de reunir os interessados para discutir sobre o tema e divulgar as demandas de instituições beneficentes parceiras.

 

 

Como no caso da Voluntários JF, as fan pages são direcionadas às marcas, instituições ou entidades . Diferentemente dos perfis, as páginas não têm limite de 5.000 seguidores/amigos e disponibilizam ferramentas de estatística e mais recursos interativos, como a possibilidade  de criar aplicativos personalizados.

A administradora da página, Ana Paula Gonçalves Doro, lembra que a iniciativa surgiu a partir de uma atividade que já realizava como voluntária na Associação dos Amigos (ABAN), organização beneficente e cultural que atua em parceria com instituições. Ana trabalha no setor de Relações Humanas na ABAN e percebeu a necessidade de criar um canal de comunicação acessível e eficiente para o grupo e para a discussão de trabalho voluntário em geral em Juiz de Fora.

Outras mãos

 

Desde de sua criação, há cerca de uma ano, a fan page já recebeu inúmeras mensagens, Segundo Ana Paula “Muitas pessoas que têm interesse sobre o tema voluntariado na cidade acabam pesquisando na internet, geralmente em  termos mais gerais como voluntário e juiz de fora, e devido a nossa página ter um nome bem abrangente, eles acabam nos procurando”.

 

Em uma dessas mensagens, Ana Paula conheceu o estudante de jornalismo e assessor de comunicação voluntário Guilherme Freire. Ele a contatou com o objetivo de estabelecer uma parceria entre Fundação Maria Mãe, entidade em que trabalha e a Voluntários JF. 

As mídias sociais

 

Para o empresário e especialista em redes sociais Renan Caixeiro, as mídias sociais têm sido a principal ferramenta para pequenos grupos e movimentos sociais se organizarem. “É fácil atingir quem realmente se interessa pela causa proposta e é barato. Eu recomendo a todos grupos terem uma presença online em redes sociais, principalmente as mais utilizadas como Facebook e Instagram (atualmente)." argumenta o especialista

Essas tecnologias causaram  grande impacto no voluntariado, principalmente pela possibilidade de impulsionamento “conheço casos de ONGs  que cresceram muito desde 2010, quando as redes sociais também atingiram a maturidade no ambiente web brasileiro”.Alguns programas inclusive fomentam essas iniciativas, o Google Grant, por exemplo, oferece 10 mil dólares de publicidade para as entidades e o o Google Marketing Challenge também tem o foco nas organizações sem fins luvrativos (ONGs), completa Renan Caixeiro.

 

Como o caso de Voluntários JF, as redes sociais dão suporte aos pequenos e grandes grupos, e podem ser o ponto de partida para aqueles que não sabem nem por onde começar para se tornar um voluntário, “uma mão na roda” para essas mãos tão solidárias.

 

 

Acolher, mas sem adotar

Printscreen da página "Voluntários JF" no Facebook

Arte: Luana Casilho
Fonte: Ana Paula Gonçalves Doro

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